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- G1 jogou 'Fifa 14' no Xbox One e no PS4; leia as impressões
Posted by : Bruno
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Dizem que os melhores jogadores de futebol são realmente bons porque conseguem antecipar as jogadas e, assim, prever o que o adversário tentará fazer para roubar a bola. Em “Fifa 14” para os novos consoles de videogame PlayStation 4 e Xbox One, é assim que os jogadores irão criar as suas jogadas, prevendo em questão de instantes o que o adversário tentará fazer e, desse modo, reagir no tempo certo, criando uma jogada mais próxima do real do que antes.
O G1 jogou “Fifa 14” no Xbox One na feira E3 2013, um jogo para videogame de nova geração que surpreende pelo nível de detalhes dos atletas, dos estádios, dos gramados e da movimentação tanto física quanto tática dos jogadores. Não foi permitido filmar ou fotografar o game, que ainda está em estágio inicial de desenvolvimento. Foi feita uma partida entre Barcelona e Atlético de Madri no teste. Neymar já era atacante do clube catalão e usava a camisa de número 9.
(Nesta semana, siga no G1 a cobertura completa da E3, uma das maiores feiras de games do mundo. Leia informações exclusivas do repórter Gustavo Petró, direto de Los Angeles (EUA), e veja as últimas notícias, fotos e a página especial da E3 2013.)
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FIFA 14 - Nova Geração
Plataformas: Xbox One e PlayStation 4
Produção: Electronic Arts
Gênero: Futebol
Lançamento: Final de 2013
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“Temos muito poder de processamento e memória de sobra no Xbox One e no PlayStation 4. Por isso, conseguimos incluir muitos detalhes que antes não era possível como o gramado com volume [antes ele era uma textura chapada], pedaços de grama e de terra quando os jogadores chutam a bola, uma torcida tridimensional que reage conforme o que acontece em campo e uma inteligência artificial que consegue pensar antes de a jogada acontecer”, disse ao G1 David Rutter, produtor executivo de “Fifa 14” para a nova geração de consoles. “Nosso objetivo é passar para os fãs a mesma sensação que um atleta sente no estádio”.
Alto nível visual
Na cena que mostra os dois times entrando em campo, percebe-se que este é um jogo que apresenta um visual de outro nível. A produtora Electronic Arts, que desenvolve o título, quis mostrar o poder do motor gráfico Ignite, que será usado nos títulos de esporte da empresa para os novos consoles, trazendo atletas que são réplicas virtuais.
Messi, do Barcelona, por exemplo, caminha e gesticula como o jogador faz na vida real. Há expressões faciais, o gamer consegue entender o que aquele jogador está sentindo, se ele está feliz, triste, nervoso, o que influenciará na partida. Os olhos parecem vivos, e olham para a torcida, observam os rivais. A boca se mexe para mostrar que os colegas conversam antes da partida.
Eles têm cicatrizes, tatuagens, penteados diferentes – o do Neymar é idêntico ao que ele usa.
Os torcedores estão ali no estádio. Quando os times entram, eles levantam, agitam os braços. Parecem ter ganhado vida no Xbox One, algo que na geração passada era impensável. Ao redor do campo estão os gandulas, que chegam a se atrapalhar e a jogar duas bolas no campo.
São tantos detalhes, tantos elementos que não existem no PlayStation 3 nem no Xbox 360 que fica difícil descrever. Prova de que se está vendo uma verdadeira evolução do que se espera de um jogo de videogame de futebol. Até mesmo a câmera aérea mostra o estádio e sua parte externa, com o trânsito e os torcedores chegando. “Tivemos a preocupação de reconstruir virtualmente estádios por dentro e por fora. Tudo isso aumenta o clima de realidade do game”, contou o produtor. E isso que a partida nem começou.
Antecipando as jogadas
Com a bola rolando, uma pessoa desavisada poderia pensar que ali era uma partida sendo transmitida pela TV, sem contar o fato de que alguns dos jogadores possuem ícones na cabeça para indicar quais estão sob controle do gamer. Quem não é controlado, ou seja, não está com o ícone, se move naturalmente, tentando preencher os espaços do campo para impedir o avanço do adversário.
As passadas têm fluência. Não se vê a animação quebrar quando o atleta troca a passada e começa a correr. O mesmo vale para passes e chutes. “O motor gráfico permite uma junção de animações que antes não era possível. E tudo é processado rapidamente”, explica Rutter.
O produtor explica que a movimentação e suas mudanças acontecem em tempo real, momentos antes da jogada acontecer. Ainda, foram adicionados centenas de novos movimentos aos jogadores. O sistema tem a capacidade de prever diversas situações que podem ocorrer em um determinado instante, criando movimentos consistentes e reações realistas.
Essa nova movimentação, por exemplo, que faz com que o jogador aproveite o embalo de uma corrida ou tenha que se esforçar mais para começar a correr vai influenciar no cansaço dos atletas, do mesmo modo que em “Fifa 14” para PS3 e X360, como o G1 já havia publicado. O novo sistema de fadiga calculará aceleração e desaceleração dos atletas durante toda a partida e é possível, em alguns casos, até que os jogadores se machuquem por conta de um movimento de mau jeito.
Ainda falando da nova movimentação, ao correr, os atletas variam toques curtos com toques longos na bola, como um jogador real faria. Em uma chegada mais dura do marcador, um jogador habilidoso consegue saltar pela perna adversária que poderia fazer a falta. Ao tentar cabecear a bola, o atacante usa os braços para se proteger – e dar uma empurradinha no zagueiro. “O jogador [virtual] sabe o que está acontecendo naquela situação e usa o corpo como um atleta usaria. O futebol é um esporte de muito impacto, que se usa os braços para se proteger e finalmente conseguimos colocar isso em ‘Fifa’”, detalhou o desenvolvedor.
Agindo no instinto
Em “Fifa 14” para a nova geração de videogames, os jogadores parecem saber o que fazem em campo. Em um ataque, Neymar consegue se desmarcar sempre, o que permite uma perfeita enfiada de bola de Messi. Por outro lado, o zagueiro entende o que Neymar pode fazer e também tenta fazer o seu trabalho. É um sistema novo do game que faz o jogador entender o que rola no gramado.
“A inteligência artificial decide, dependendo da situação em campo, se o jogador irá dar um salto para evitar a falta ou aceitar ser derrubado e esperar a cobrança, se ele vai usar o braço para proteger a bola ou tomar outra atitude”, afirma Rutter.
Toques rápidos
O novo controle do Xbox One trouxe mais precisão durante o teste de “Fifa 14”. Principalmente os gatilhos, usados para correr mais rápido e proteger a bola, parecem mais firmes e os direcionais digitais levam o jogador exatamente para onde o gamer quer.
Embora a partida na nova edição do título tenha ficado mais “presa” aos toques no meio campo, estes passes curtos são rápidos. O atleta tenta passar o mais breve possível com o pé que estiver em melhor condição no momento de dar o passe. Ou seja, o gamer não espera alguns segundos para que o jogador espere ficar com o “pé bom” para dar o toque.
Os chutes receberam uma grande mudança, principalmente nos jogadores mais habilidosos no game. No caso de Messi, ele consegue colocar o mesmo efeito em um chute dentro do game como ele faria na vida real. Chutes fortes de fora da área podem ganhar mais efeito, dando mais trabalho para os goleiros.
A Konami, criadora de “Pro Evolution Soccer 2014”, sai atrás na nova geração de videogames, dizendo que não irá lançar o game para XOne e PS4 porque seria apenas uma melhoria na qualidade dos gráficos. Ao jogar o game da Electronic Arts, fica evidente que o jogo para a nova geração passa longe de ser apenas uma melhoria visual.
Fonte: G1.com